quarta-feira, 2 de março de 2011

Silêncio Simples


Silêncio….
Silêncio corrosivo da alma,
que entra gritando pelos ouvidos dentro,
a dor chegada na ponta da seta perfurante:
Tímpanos… tambores….
Silêncio na forma da mão invisível que te cala a palavra
mesmo dizendo, mesmo saída silvando pela boca e pela ponta dos dedos
coisa simples na compreensão das simples coisas da vida
o silêncio… simplesmente o silencio….
As cordas que te puxam para o lugar onde deves ficar,
queimam a pele quando tentas escapar.
É simples, não vês?
Pára. Deixa ficar.
Mas algo que não é nomeado te impele para onde não sabes,
E ficas circulando como o vento,
uivando fúrias de coisas incompreendidas,
coisas simples no fundo, como dizem…
O silêncio no vácuo da vida por fora…
O grito rasgando tudo por dentro….
Fica. Sossega. Se parares não dói.
É simples… não vês como é simples?

Não vejo. Não ouço. Não sinto.
… silêncio… simplesmente o silêncio…

Cléo.
15/2/2011

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