Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
d´Arte - Conversas na Galeria LXI
Sobreiros Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Tela 81x94cm
Nesta pintura, deixei de lado as pinceladas carregadas de matéria em benefício de mais amplas superfícies cromáticas, inspirado nos ensinamentos de Gauguin. As árvores estilizadas e curvilíneas, pintadas com cores contrastantes, arbitrárias porque não identificadas com a realidade, servem para articular os diferentes planos, com o uso exclusivo da cor. O jogo cromático das parcelas de terreno, fica contido pelo obsidiante maciço de folhas verdes, que mal deixam ver um céu, cujo azul, mantém a tensão entre uma realidade exterior e a minha visão interior, na busca de uma paisagem sem data, nem local, forte, mas que seduza o observador com a sua rudeza tranquila.
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2 comentários:
Falas de Gauguin e o mesmo -e, em minha opinião, ainda melhor- poderias ter feito na pintura anterior, mas, ainda assim, deixa que te diga que também poderíamos colocar outros Mestres, o Gogh será outro, no que seria uma homenagem aos mesmos que o trabalho artístico, igualmente disso se faz. Contudo, no fundo lá está o teu cunho próprio, a tua paisagística, diria, a que conferes uma abordagem e expressão que não se confunde com a linguagem de outros artistas.
Simplesmente de acordo com o propósito que estaleceste.
Aquele abraço, companheiro
Luís
Os jogos cromáticos que utilizei nesta obra são fruto da imaginação, mas não são pintura abstracta: estão baseados na observação do real.
Os vermelhos, os azuis e os amarelos, coexistem uns ao lado dos outros porque estão suavizados com as cores complementares.
Estimo saber, que também nesta minha abordagem da pintura, ainda consegues descobrir-lhe uma linguagem própria.
Aquele abraço,
António
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