Fonte: Wikipédia livre
Segundo nota de Nina Gazire (Revista Isto É- 24 de outubro de 2012) estarão expostos até 13 /01/13 no Museu de Arte de São Paulo (MASP) gravuras e desenhos do período renascentista alemão. Serão vistas 61 gravuras que vieram do Museu do Louvre e que perfazem a amostra “LUZES DO NORTE”, onde está em destaque “O RINOCERONTE”( 1515), do desenhista e gravador alemão Albrecht Dürer.
Excluindo
as guerras bárbaras entre oriente e ocidente, onde se empregaram elefantes, é
interessante notar que até o século XV somente Roma antiga e as cidades
mediterrâneas haviam trazido animais exóticos da África para a Europa, para
despertar a curiosidade da população. Após esse intermezzo, foram com os
descobrimentos das grandes navegações marítimas dos séculos XV e XVI,
intentadas, no inicio, pelos portugueses e espanhóis, que se expôs um novo
mundo ao velho continente. Com eles vieram as radicais mudanças,
geográficas, políticas, econômicas e artísticas antecessoras de um novo
tempo.
As
distancias e os relatos das descobertas despertavam o imaginário de homens
comuns e artistas. Pintavam (flamengos), desenhavam (franceses),
xilogravavam (alemães), aquilo que viam e o que não viam, baseados em desenhos
de desconhecidos e revelações contadas e escritas pelos desassombrados
navegantes. Assim é que plantas e animais exóticos, povos africanos e indianos,
índios, utensílios de toda a espécie, foram levados pelos europeus
descobridores principalmente para Lisboa, e de lá para o restante da Europa. Marcante
em 1515 foi o caso do rinoceronte indiano, presente diplomático, com fins
aliciantes, do rei português D. Manuel I, o Venturoso, ao Papa Leão X.
Após enfrentar uma viagem de quatro meses, da Índia a Lisboa, passando pelos
Açores, ao chegar à capital portuguesa foi visto e admirado por muita gente.
Conta-se que nessa ocasião alguém, não bem identificado, fez um esboço
artístico desse animal e enviou a Dürer, em Nuremberg, que o desenhou sem tê-lo
visto com tal sucesso que, apesar das incorreções morfológicas, é considerado
um dos trabalhos mais conhecidos da historiografia artística do
Renascimento. O pobre animal na viagem de Lisboa à Itália morreu afogado
(estava preso por correntes) no naufrágio provocado por uma tempestade. Seu
corpo resgatado e empalhado em Lisboa chegou finalmente a Roma em 1516.
Maria
Eduarda Fagundes
Uberaba,
25/10/12
Fontes:
Wikipédia
(enciclopédia livre)
Revista:
Isto É (out./12)
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