terça-feira, 23 de outubro de 2012
FRESCOS
As nuvens, hoje há mais nuvens no céu
o ar está mais húmido, mas continua calor
existe maior harmonia com o hemisfério norte
congruência, para respirarmos mais descansados
esta tarde, com aqueles regatos que se formam no azul
encoberto aqui e acolá à medida da velocidade do vento
impressionante.
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4 comentários:
São as marcas mais poéticas de um Outono que se instalou, mas que também tem um lado mais sombrio que, felizmente, não referes no teu pequeno/grande texto. E porque é de 'Frescos' que se trata, ilustraria o teu texto com o Outono em Argenteuil, de Monet - as diferentes formas de expressão artística ficam sempre tão bem de mãos dadas!
Gostei muito!
Tudo bem no céu...
na terra...
no mar!
Pena são os governantes do paraíso...
E agora já não servem as maçãs para os expulsar!
:)
Abraço,
António
Então eu digo, muito obrigado.
Assim de memória e pelo nome, não tenho presente a pintura que refere, mas já vi - ao vivo - umas boas mãos cheias de quadros do Monet e tenho presente que muitos dos céus que pintou são verdadeiramente impressionantes como, de resto, acontece com tudo o que dele já tive a graça de ver, sejam aqueles quadros humanos dos cenários parisienses, sejam as paisagens que, em alguns casos, quase me levam a caminhar pelas telas adentro. Dir-se-ia que o homem acrescentou beleza ao belo.
E é por isso que eu agradeço o acréscimo da combinação que faz que só elevaria as minhas palavrinhas, vendo-me forçado a admitir que seriam estas que, certamente, não deixando de passar tão despecebidas quanto a luz de uma lanterna no pico do dia, apenas serviriam para estragar a doce contemplação de tamanha Arte.
Mas concordo que as diferentes expressões artísticas ficam bem de mãos dadas; são muitos os casos em que elas andam mesmo assim e, sem querer ser pretensioso, foi justamente o que pretendi com esta singela compilação de pequenos poemas, estas pequenas visões de momentos de olhar e espírito vadios. Ora como não sei pintar, escolhi fazer estes Frescos.
Mas no Paraíso não há governantes.
Aquele abraço, companheiro
Luís
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