quarta-feira, 17 de julho de 2013

Duetos



Para Ti

Clamei por Ti
na madrugada dos meus tempos
Corri veloz à tua demanda,
percorrendo tempos infinitos
do meu labor

À profundidade do meu ser,
a Tua voz serena
incutia um som não audível,
que permitia o meu deslizar
numa tranquilidade apetecível

Não foram tempos de ontem,
nem sonhos do amanhã
mas a eternidade
dum Agora,
que me seduz,
quando já não ouço a perturbação
da minha carne,
insatisfeita,
num caminhar
que parece não ter fim

Posso enfim gritar ao vento,
perscrutar vales e montanhas,
deixar que as minhas lágrimas
tombem em terra de ninguém,
mas sei que um dia acordarei
no teu doce regaço,
Pai-Mãe.

antónio


Existência

Mais do que cada um,
migalha divina e cósmica
só Tudo.


Luís Santos

2 comentários:

A.Tapadinhas disse...

Einstein tinha razão: o tempo passa mais depressa quando se viaja na Internet...

...aqui já é Quarta-feira...

António

luis santos disse...


Bom sinal: o futuro no aqui e agora que já passou. Abraço.