ENTRETANTO
Entre-águas, tantos rios.
Entre gentes, tanto olhar.
Entre “mims”, tanta dúvida.
Entre músicas, tanto ruído.
Entre silêncios, tanta espera.
Entretanto, tanto tempo.
Tempo:
Foi, ainda;
Já, agora;
Será, logo.
Sempre.
Foto: Edgar Cantante; Texto: Manuel João Croca
8 comentários:
Entretanto…a vida!
DEZASSEIS
Cria em ti o perfeito vazio,
deixa o espírito descansar em paz.
As dez mil coisas crescem, desenvolvem-se,
florescem e regressam à raiz,
tu observas o todo em movimento.
A quietude conduz ao eterno,
conhecer o eterno é a iluminação,
ignorar o eterno é uma desventura,
a tolerância abre o coração.
De coração aberto, actuarás como um príncipe,
como um príncipe existirás com o Céu,
o Céu está em união com o Tao,
em união com o Tao, extingue-se a matéria,
mas não desaparece.
Lao Zi, Tao Te Ching
Pois.
Entretanto e sempre a vida.
Claro.
Manuel João
Amigo Luís, o poema é sábio e magnífico e apenas me interrogo acerca do título.
Abraço.
Manuel João
3
A tradução do Tao Te Ching que vou seguindo numera os poemas em forma de título... Não sei se é regra. Abraço
3 é a conta que Deus fez! E o que é mais?
O 3 foi um descuido que ficou como comentário mas a tua leitura é a perfeita.
Manuel João
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