Ao amigo Manuel
João Croca
Habita por si próprio num corpo em efervescência,
o desejo.
Existindo, para mim, tão único aquele em que a
plenitude é:
"servir".
Servir e servir com todas as ganas para lá das
vontades.
Ser servo é ser uma árvore que dá vida, alimento, faz
sombra
e ainda serve de consolo a poetas e artistas.
O serviço é o bem quando vem das profundezas
do que há para lá do cosmos, habitando
no homem que o contém luzindo em ouro dentro de si.
Abastecido de razão, e pela ausência de extração,
o projecto de prefuração mineira do espírito e da alma
é renegada pela engenharia mental teimando em não
desenvolver.
É urgente voltar atrás, voltar às origens ancestrais,
Montar os puzzles da antiguidade para que o mundo
avance.
Servir é conhecer o passado
e elevar o futuro à mais bela forma de plenitude,
para que ele estenda sempre sua passadeira vermelha
em aconchego ao almofadado pulsar
com que embala o coração.
Diogo Correia
3 comentários:
Meu Caro Amigo Diogo,
muito obrigado.
Adoro o teu poema e sinto-me deveras lisonjeado por mo teres dedicado.
Mais uma vez a linguagem é muito própria, única, tua.
A mensagem, entendi-a como a reverberação da voz do universo que por vezes escuto mas que nem sempre consigo entender com a clareza com que a explicas e, nesse registo, foi também uma espécie de aula.
Um grande abraço.
Manuel João Croca
Amigo Croca!!!
Resolvi, dedicar-te este poema com todo o carinho, quando em muitas das nossas conversas tu invocas e bem aquele termo, do Servir e do servir-se.
Penso que nós em servir o outro com todo o amor estamo-nos a servir a nós próprios indiretamente e a outro nível muito para além da razão e do conhecimento.
É com todo o prazer que te o dedico ;-)))))))))))))
Grande Abraçooo
Diogo Correia
Diogo, magnífico poema, escrito assim como quem dá, assim como quem se revela.
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