Maternidade, Almada Negreiros, 1935 Óleo sobre Tela, 100x100cm |
O Primeiro Passo
Profundo silêncio se fez naquele instante
O tempo pára
E o homem chora
As lágrimas estancam a dor
Sem perder o brilho
Fez-se ali
A luz da esperança
Impassível a natureza dita
Um novo passo para o retorno a vida
Nasce a esperança
Em forma de criança
Lento
O tempo em tempo se revigora
Sem claudicar caminho
Preguiçoso
Geme o Sol entre as ramagens
Despejando o desejo do amar
Brisa perpassa sulcos da face envelhecida
Indo morrer num peito que é só saudade
Eis me aqui de corpo inteiro
Imaculado
Puro
Um fiel amante.
Jorge Lemos
Jornalista, poeta, escritor, historiador,
fundador da Academia
Metropolitana de Letras, Artes e Ciências.
Metropolitana de Letras, Artes e Ciências.
3 comentários:
Caro Jorge Lemos, benvindo ao nosso Estudo que agora, desejamos, passe também a ser seu. Dada a longa amizade que temos testemunhado, nada mais fácil. A "Maternidade" e o "Primeiro Passo" estão bem à altura e à medida das férias do Rafael e do António. A quem pode passar indiferente a ternura daquela casota cheia de bonecada, na relva do jardim... Estamos em festa, pois. Parabéns. Bençãos e Abraços para todos.
Luis
Caminho áspero foi por mim percorrido, dai o atraso em agradecer o amigo. Estive num giro pelo mundo, dai... Nosso Antonio e Rafael proporcionaram-me, em suas férias, um recordação do meus tempos idos seguindo os passos do meu velho pai. Antonio me proporcionou uma grande alegria ao ver-me incluso numa legião de cérebros. Um forte abraço amigo.
jorge Lemos
Jorge, Bom Dia!
Chegaram bem a horas as suas palavras. Não há tempo, nem distância para quem se quer bem. Mande sempre.
Aquele Abraço.
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