terça-feira, 25 de março de 2014

O TERRAMOTO


Subtítulo: Lisboa – 26 de janeiro de 1531
(Ainda por publicar)

SINOPSE

     Reinava Sua Alteza, Dom João, o Terceiro.
     Um infausto inverno assolava Portugal: chuvas diluvianas arrasavam culturas, acarretando fome e miséria. A Peste ceifava vidas em Lisboa.
     A Família Real desocupou o Paço da Ribeira, instalando-se em Xabregas. Depois, transferiu-se para o Paço de Santos. Com o recrudescer da epidemia, a Real Família partiu de Santos para o Barreiro e Lavradio.
     Escoltado por Nobres e homens d’armas, el-Rei seguiu do Barreiro para o Paço Real de Almeirim.
     Vozearia na lezíria, em animada montaria.
     Estremecimentos periódicos abalavam Lisboa e o Vale do Tejo, sentidos em Vila Franca, Azambuja, Castanheira, Santarém…
     El-Rei rumara a Benavente.
     Violento abalo telúrico ocorreu a 26 de janeiro de 1531, atingindo duramente o Paço Benaventense. D. João III e D. António de Ataíde, sob a proteção de dez homens d’armas, iniciaram a jornada para Alcochete.
     A Peste grassava em Lisboa.
     Incriminavam-se os judeus pelas catástrofes que assolavam o Reino.
     Da Vila de Alcochete, o Rei e o séquito rumaram a Azeitão. Pelo caminho, afrontaram temerosa borrasca, que os forçou a uma alteração dos planos. Encaminharam-se para Alhos Vedros.
     No terreiro do cais alhosvedrense, em dia de mercado, disfarçados de serviçais, o Rei e o Nobre deambularam por entre a turba e as tendas, visitaram o estaleiro de mestre Gonçalo e aí merendaram.
     No dia seguinte, Josué, um serviçal da Casa dos Bragança, revelou a mestre Gonçalo a verdadeira identidade dos visitantes da véspera.
     Rei, Nobre e militares haviam abalado de Alhos Vedros, passado por Coina, seguido para Azeitão, onde pernoitaram, e dali haviam partido para Palmela.
     Em fevereiro de 1531, lavrava o pânico em Santarém. Diante da igreja de São João, um frade dominicano vociferava, acicatando a turba aturdida.
     Uma discreta criatura abanava a cabeça, incrédula, enquanto observava a multidão embravecida. Quem seria tal criatura?
     Imenso Clero rumou ao convento de São Francisco, em Santarém.
     No dia 25 de fevereiro de 1531, achando-se em Palmela, o Rei recebeu um mensageiro proveniente de Santarém, portador de uma missiva.
     Portugal, Terra de Santa Maria, implorava o amparo Divino, face à barbárie e à ignomínia!

Francisco José Noronha dos Santos


4 comentários:

MJC disse...

Interessante "entrada", ficamos a aguardar a refeição completa.
A coisa promete.

Abraço.

Manuel João Croca

Unknown disse...


Manuel João,

Gostei da 'linguagem gastronómica'! Será que a 'refeição'condiz com a 'entrada'?

Um abraço.
Francisco José Noronha Santos

Gil disse...

Então quando publicas mais?
estou a aguardar a continuação....
Cá p'ra mim aind afazemos um filme :)

Beijos, continua

Unknown disse...

Quem sabe, Fernanda!

Talvez surja um 'realizador' que se interesse por Alhos Vedros!
Oxalá assim sucedesse!

Beijos para ti.