Subtítulo: Lisboa – 26 de janeiro de 1531
(Ainda
por publicar)
SINOPSE
Reinava Sua Alteza, Dom João, o Terceiro.
Um infausto inverno assolava Portugal:
chuvas diluvianas arrasavam culturas, acarretando fome e miséria. A Peste ceifava vidas em Lisboa.
A Família Real desocupou o Paço da
Ribeira, instalando-se em Xabregas. Depois, transferiu-se para o Paço de Santos.
Com o recrudescer da epidemia, a Real
Família partiu de Santos para o Barreiro e Lavradio.
Escoltado por Nobres e homens d’armas, el-Rei seguiu do
Barreiro para o Paço Real de Almeirim.
Vozearia na lezíria, em animada montaria.
Estremecimentos periódicos abalavam Lisboa
e o Vale do Tejo, sentidos em Vila Franca, Azambuja, Castanheira, Santarém…
El-Rei rumara a Benavente.
Violento abalo telúrico ocorreu a 26 de
janeiro de 1531, atingindo duramente o Paço Benaventense. D. João III e D.
António de Ataíde, sob a proteção de dez homens
d’armas, iniciaram a jornada para
Alcochete.
A Peste
grassava em Lisboa.
Incriminavam-se os judeus pelas catástrofes
que assolavam o Reino.
Da Vila de Alcochete, o Rei e o séquito rumaram
a Azeitão. Pelo caminho, afrontaram temerosa borrasca, que os forçou a uma
alteração dos planos. Encaminharam-se
para Alhos Vedros.
No terreiro do cais alhosvedrense, em dia
de mercado, disfarçados de serviçais, o Rei e o Nobre deambularam
por entre a turba e as tendas, visitaram
o estaleiro de mestre Gonçalo e aí merendaram.
No dia seguinte, Josué, um serviçal da Casa dos Bragança, revelou a mestre Gonçalo a verdadeira identidade dos visitantes da véspera.
Rei, Nobre e militares haviam abalado de Alhos Vedros, passado por Coina,
seguido para Azeitão, onde pernoitaram, e dali haviam partido para Palmela.
Em fevereiro de 1531, lavrava o pânico em Santarém. Diante da igreja de
São João, um frade dominicano vociferava,
acicatando a turba aturdida.
Uma discreta criatura abanava a cabeça, incrédula, enquanto observava a multidão
embravecida. Quem seria tal criatura?
Imenso Clero
rumou ao convento de São Francisco, em Santarém.
No dia 25 de fevereiro de 1531, achando-se
em Palmela, o Rei recebeu um mensageiro
proveniente de Santarém, portador de uma missiva.
Portugal, Terra de Santa Maria, implorava o amparo Divino, face à barbárie e
à ignomínia!
Francisco
José Noronha dos Santos
4 comentários:
Interessante "entrada", ficamos a aguardar a refeição completa.
A coisa promete.
Abraço.
Manuel João Croca
Manuel João,
Gostei da 'linguagem gastronómica'! Será que a 'refeição'condiz com a 'entrada'?
Um abraço.
Francisco José Noronha Santos
Então quando publicas mais?
estou a aguardar a continuação....
Cá p'ra mim aind afazemos um filme :)
Beijos, continua
Quem sabe, Fernanda!
Talvez surja um 'realizador' que se interesse por Alhos Vedros!
Oxalá assim sucedesse!
Beijos para ti.
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