René Magritte, Dangerous liaisons,1926 Óleo sobre Tela, 72x64 cm |
Aquelas portas tinham mãos
Ou seriam sombras…
Momentos acabados de alguém.
Lembro-me das portas a fecharem e do barulho que faziam. Lembro-me do que sentia na ausência que o medo fazia real. Demasiado real.
Aquelas portas tinham mãos escuras por causa da luz.
E a luz era só dali, daquelas mãos que uma sombra deixava cair. E as mãos deitavam-se e arrastavam os corpos a dormir na minha cama vazia. Ou seriam sombras…
Aquelas portas tinham mãos.
Ou seriam espelhos perfeitos com duas vidas a tocarem-se na vontade…
Talvez momentos futuros que o sonho pintava.
Lembro-me do barulho que faziam as portas a abrirem. Lembro-me da minha cara
E lembro-me do que sentia naquela espera tingida de azul pela luz que a sombra das tuas mãos revelava.
Momentos acabados de alguém.
Lembro-me das portas a fecharem e do barulho que faziam. Lembro-me do que sentia na ausência que o medo fazia real. Demasiado real.
Aquelas portas tinham mãos escuras por causa da luz.
E a luz era só dali, daquelas mãos que uma sombra deixava cair. E as mãos deitavam-se e arrastavam os corpos a dormir na minha cama vazia. Ou seriam sombras…
Aquelas portas tinham mãos.
Ou seriam espelhos perfeitos com duas vidas a tocarem-se na vontade…
Talvez momentos futuros que o sonho pintava.
Lembro-me do barulho que faziam as portas a abrirem. Lembro-me da minha cara
E lembro-me do que sentia naquela espera tingida de azul pela luz que a sombra das tuas mãos revelava.
Maria Teresa Bondoso
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