Acrílico sobre Tela 60x80cm
Reforcei as linhas de fractura com as cores terra, a que adicionei um pouco de azul ultramarino, para lhe dar profundidade. Nas partes que queria salientar utilizei a espátula bem carregada de matéria.
O passo seguinte foi definir os valores das cores quentes, que queria bastante elevados. Burnt Sienna, Burnt Umber, Yellow Ochre, Naples Yellow, Orange… Em contrapartida, não quis elevar demasiado os valores dos azuis, deixando o protagonismo para as brilhantes cores das falésias.
Estou satisfeito com o resultado final, por isso, já assinei.
E agora, falando do que é importante:
Foi por ali que eu passei os últimos dias a encher baldes de areia, para fazer bolos, e castelos, e animais de todas as espécies (alguns ainda não inventados!) de acordo com a imaginação do meu neto!
Quanto se pode aprender com uma criança!
4 comentários:
Ótimos professores as crianças, infelizmente sem que o ministro da educação tenha a mínima suspeição. Desgosta-lhe o Rousseau. Mas é bom em contas e notas e, como é sabido, banco é caixa. Muito bem na foto o Rafael e seu corcel de areia. Abraço.
Há poesia nestas tuas paisagens e nesta, em especial, há o olhar de uma paragem, não para recuperar as forças, antes para contemplar o encanto de uma nesga com toda a propriedade para a liberdade das asas... Do pensamento, é claro.
E podemos brincar com as nuvens, encontrar-lhes figurações como se elas fossem de verdade.
Aquele abraço, companheiro
Luís
"Ótimos professores as crianças, infelizmente sem que o ministro da educação tenha a mínima suspeição."
Permito-me discordar. Se o ministro suspeitasse, lá iam mais 30.000 professores para o desemprego...
Conforme prometido, a água não faltou...
:)
Abraço,
António
Notei no meu neto uma certa, para ser mais correcto, muita apetência para transformar tudo em espadas para matar dragões na terra ou nas nuvens. O arcanjo com o seu nome além de influenciar a saúde física dos seres humanos, também é o responsável e guardião dos talentos criativos.
Espero que seja passageira esta tendência justiceira, tanto seria o trabalho que o esperava!
Abraço,
António
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