ao José Carvalho e ao José Félix
Bairro do Kosovo-Picheleira -Lisboa
Gente de paz
todos os amanheceres são minutos de sensibilidade
o poeta saltimbanco é um anjo sem asas, um palhaço
por vezes desaparece e volta e revolta
a 19 de Agosto em Alvor a minha língua tem um dialecto novo
a pátria contudo é sempre a língua portuguesa
clube, oficina, morangos com chocolate
Fernando Pessoa, Natália Correia, Ruy Belo
todos os dias um poeta ou é
santo ou louco
na irmã manhã o poeta vive
viva a língua portuguesa
amooooooooooooooooo oor
É dentro de tuas mãos que sinto uma luz doméstica
e uns olhos marrons
onde vigilante é o vasto silêncio
que atravessa a tua saia justa
o sonho e as estrelas por dentro
dos dedos grossos de mágicos e subtis.
E a tua verdade é como
a infinita força do desejo, presença incessante e
potência branca.
As tuas palavras são o frémito das pedras de pé de moleque
que nas minhas mãos traçam o perfil do mundo.
Na liberdade pura de nós próprios.Nus
José Gil
http://joseamilcarcapinhagil.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário