Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
d´Arte - Conversas na Galeria LX
As Árvores Vermelhas Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Tela 50x40cm
Para provar o seu grau de simplicidade, que era um dos objectivos na pintura fauve, Matisse tentou convencer um amigo e companheiro de pintura que um quadro criado por si (Cebolas cor-de-rosa, 1906) era de autoria do carteiro da vila. Ele não conseguiu convencer o amigo, como talvez eu não os conseguisse convencer de que estas árvores foram pintadas pelo meu neto.
Mas podem acreditar que a tinta gasta nesta tela, usada com parcimónia, daria para fazer uma centena, tal a quantidade que usei para conseguir o relevo, a textura e a profundidade que tinha planeado.
Espero não ser traído pela qualidade da fotografia, para que possam apreciar a violência suave das cores…
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2 comentários:
... afinal, bem de acordo com a suave violência da cascata que poderia ser a de um banho primordial; mas também poderíamos dizê-la de acordo com a suave revolução com que esses pintores que inventaram novas técnicas e abordagens da pintura, afinal a levaram para lá do futuro que a fotografia abrira algumas décadas atrás.
Pessoalmente, gosto da literatura que inventa mundos que dos livros podem saltar para a vida.
Aqui, se entrássemos na Tela, como se estivéssemos num filme do Allen, poderíamos encontrar um mundo de quem Thoreau sentiria próximo e provavelmente com quem manteria trilhos de espanto e conversa pelos meandros da floresta de quem se sentiriam filhos.
Quando a Humanidade conseguir viver no respeito pelo equilíbrio das ciclos da Natureza, teremos oportunidade de viver no Éden que já habitamos e de que a cegueira em que vivemos, nos impede de ver a substância.
Aquele abraço, companheiro
Luís
Entrar na tela, entrar na vida, entrar, entrar...
É uma maneira de não nos sentirmos excluídos, como o Outono que conhecíamos desaparecido e como, talvez, a próxima Primavera...
Falta de respeito pelos equilíbrios dá nestes balanços...
e nas possíveis quedas!
Abraço,
António
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