sábado, 29 de outubro de 2011

Vivendo e aprendendo : Uma aldeia,na Bélgica, tornou-se num local de encontro


Na Inglaterra, na Bélgica, na Holanda, na Noruega, na Alemanha,...,um pouco por toda a Europa, as soluções para resistir ao abandono e desaparecimento de aldeias e vilas, outrora vivas, não se têm resumido ao desenvolvimento do turismo. Encontrar uma ideia, uma "oferta diferenciada", uma "coisa única", que permita a sobrevivência de aldeias perdidas por esse mundo fora, tem sido o mote. Exemplo dessa oferta diferenciada são as aldeias do livro (booktowns) como Redu na Bélgica.
Uma parte significativa das Book Towns estão agrupadas na I.O.B. -International Organisation of Book Towns (Organização Internacional de Comunidades de Livros), http://www.booktown.net/, que congrega no momento 13 povoações. A IOB foi fundada como consequência do projecto da União Europeia “EU-project UR 4001 : European Book Town Network”.
Depois de ter vencido a ameaça da construção de uma barragem. Redu voltou a ter vida econômica, cultural e social ao longo do ano.Um povoado rural com menos de meio milhar de habitantes, enraizado no coração das Ardenas belgas, renascia para um novo ciclo: a aldeia tornou-se, na Páscoa de 1984, um lugar de encontro e peregrinação de amadores de livros usados. Em pouco tempo Redu transformou-se numas das aldeias mais visitadas de toda a Bélgica, acolhendo cerca de duzentis mil visitantes por ano.

Vivendo e aprendendo com o povo de Redu que souberam mobilizar um grupo de alfarrabistas de diferentes paragens da Bélgica, que em menos de meia duzia de anos se instalaram, de forma permanente, na pequena aldeia.
Esta história do renascimento da  pequena aldeia mostra como não basta  a conservação ou a recuperação de estruturas físicas urbanas e do edificado, vastos investimentos financeiros ou discursos "estratégicos". É preciso muito mais do que isso para reinserir um recanto rural na atividade cultural,social e econômica, numa escala ampla. Sobretudo é preciso imaginação para reinventar os recursos!

 texto adaptado de 
http://issuu.com/fundacao_inatel/docs/230

Margarida Castro     
12.10.11

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