sábado, 1 de outubro de 2011

Corpo 214



respira ainda a lágrima seca
contra o peito a lágrima engrossa
sem mar, cripta de ouro e prata


dói e respira a seca lágrima
mesmo junto ao telhado onde
a mágoa se espalha - como um 
deserto de areia fina


corre nada disto é fado
ao colo do cavalo
atravessa clara
a serra


José Gil
http://joseamilcarcapinhagil.blogspot.com

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