quinta-feira, 25 de outubro de 2012

D'ARTE - CONVERSAS NA GALERIA (2ª. SÉRIE)

S/TÍTULO

 

CELESTE BEIRÃO

Acrílico sobre Tela 300x300 cm


É preciso deixar passar harmonia pelas paredes de branco
exacto e por elas reinventar as formas firmes sombras sinais do
comum

depois abrir terraços de negro fechados e com o olhar reencontrar
a memória das cores ideias contínuas luzes de vida

será então o tempo de surpresa ao construir uma figura farol
com o pensamento no centro alongando o mar ao nível do céu e
transformando em azul o tenso espaço que em todos nós dorme

Lia Calapez Tonicher

4 comentários:

luis santos disse...


O céu.
A areia da praia.
As cores intrépidas das casas.
O mar...
Talvez um pouco de Quarteira.

...Que belas palavras Tonicher

Gostei muito desse quadrilismo (já não cubismo, está visto... muito bem, muito bom).

E Abraço.

A.Tapadinhas disse...

Bem-vinda à d´Arte - Galeria!

As palavras escritas que fazem a conversa são um excelente aperitivo...

ou sobremesa.

Beijo,
António

Não dá para ter uma foto com mais resolução para se ver os pormenores?

MJC disse...

BELEZA.

De montanhas invisíveis nascem rios que correm subterraneamente.
Cada terra tem uma linguagem secreta.
Não há formas correctas de contar as terras.
Cada um sente-as e conta-as a seu modo, da maneira que bem quer, ou melhor sabe, e o que importa - na vocalização dessa linguagem - é que se abre espaço para o surgimento de uma possível plurivocalidade que completará, ou poderá completar, a expressão individual de um sentir e de um contar.
É esse movimento que conduz à distância mas também à cumplicidade.

De montanhas invisíveis nascem rios que correm subterraneamente.
São rios que nunca chegarão ao mar.
Que importa, são eles que impedem a desertificação da terra

Cada terra tem uma linguagem secreta.
Que cada um a escute à sua maneira.
E, depois, se lhe apetecer, que a conte.

MARAVILHA.

Anónimo disse...

Vindo de quem vem, outra coisa não seria de esperar.
És linda, e o teu trabalho espelha-o de uma forma surpreendente e absolutamente verdadeira.
Beijo