A MINHA MATEMÁTICA
Se pedisse à criança que fui para definir Matemática, ela diria que era um jogo, um malabarismo com número e letras; que era uma aventura tentando descobrir quantas horas levava um tanque a encher, sabendo que o mesmo perdia x água por minuto e que a torneira deitava água a uma velocidade y por segundo, ou vice-versa!
Na adolescência, a Matemática continuava a ser um jogo de cáculos, de operações notáveis, de funções e relações (quantas vezes não eram ralações!). No entanto, começou a surgir a Geometria e, apercebi-me que o nosso espaço envolvente podia ser descrito por números e letras. Era engraçado ver os seres, os objectos, a natureza, todos limpos de pormenores, de tudo o que pudesse dispersar os nossos sentidos, ajudando a concentrar-nos na sua estrutura, na sua essência.
Eram quadros em que as formas estavam abertas para acolherem cores, divisões, refracções e, até, intersecções (como na vida, na nossa cultura, na nossa escrita).
Hoje, os caminhos da Matemática continuam a ser, para mim, indecifráveis, quase insondáveis e, diria mesmo, um mistério. São caminhos que me fascinam, que, simbolicamente, me atraem.
Hoje, já não é só o jogo, o puzzle. Ou será? Se não, como explicar as pequenas peças que faltam aos matemáticos para explicar o Universo?
Ana Santos
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