PALHAÇO
O riso indiferente do palhaço
faz graça no despenhadeiro circular
da arena. A inconsequência da brincadeira
na falsa impressão de dor e medo.
Confunde a platéia em trejeitos e barulhos
esquecidos no sentido da seriedade. Na ilusão
catatônica das crianças se apresenta
o adulto histriônico. A criança
cresce no momento de se fazer palhaço
pela vida inteira. Arruma o nariz sobre a face
e desconsidera a boca rasgada ao verbo.
A luz acesa permite o reconhecimento.
(Pedro Du Bois, inédito)
2 comentários:
Grato, amigo Luís, pelo destaque. Abraços. Pedro.
Para além do mais um palhaço encanta as crianças e inscreve um sorriso no ar. Obrigado Pedro. Abraço.
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