MIRADOURO 41 / 2014
SERÁ
CONSCIÊNCIA?
Eles
sabem que vão perder embora tal não signifique necessariamente que nós vamos
ganhar. Não, uma coisa não implica necessariamente a outra mas, não deixa de
abrir espaço para algumas expectativas não tão negativas.
Sabem-no
porque sabem o que têm andado a fazer e as consequências que ocasionaram, um
retrocesso civilizacional de muitos anos. Sabem-no, também, pelo registo do fim
da lamúria. Não
que não continue a existir gente que se queixe que há mas, na generalidade, as
pessoas interiorizaram a consciência de determinada realidade e perceberam que
o papel deles é mesmo esse e que é contrário ao nosso. Aí entende-se deixar de
haver razão para queixas. Se eles cumprem o papel deles, devemos nós cumprir o
nosso.
Chegados
aqui começa a instalar-se um silêncio.
Silêncio
que não é vazio, antes pelo contrário.
O
silêncio tudo integra e nada exclui.
Pode
parecer o contrário apenas porque tudo está domesticado pela compreensão de
causas e efeitos.
Quando
Tudo se aquieta e fica apenas a totalidade do silêncio (que como se sabe só se
poderá escutar interiormente), acredita-se
que todas as possibilidades estão ainda disponíveis embora os obstáculos a
ultrapassar possam ser maiores ou menores.
Se
assim for, a variável que mais se afirmará como determinante para o sucesso (ou
insucesso) da empresa, será o querer e a vontade dos desafiados e a eficácia
conseguida no propósito da consumação.
Portanto,
os
que falam do tempo que esperem, ou então que venham também para que o tempo
seja mais breve.
Porque,
se
alguns tiverem de avançar, avançam;
Se
obstáculos têm de ser derrubados, serão;
Se
pontes tiverem de ser construídas para o que se quer edificar, se-lo-ão.
Porque,
assim
tem de ser e assim será.
Manuel João Croca
Foto: Edgar Cantante
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