sexta-feira, 27 de maio de 2011

As fúrias da terra

a evolução da folha dobrada no canto

na máquina de registo do livro cozido

aí o desenho de uma estrela no caleidoscópio

da escrita – uma casa

do outro lado da rua a estrada, bate, o alcatrão

branca, falou-se de neve contudo continuas

clara – não saías da bainha da saia

sempre a subir – caem casas na crusta oceânica

dos teus seios – asteosfera e litosfera do

corpo em fúria – é a terra, treme, é o teu corpo

amor no lençol dobrado

no canto da cama o tambor

hora a hora

José Gil
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