O crepúsculo da vida é uma fase da existência humana de difícil aceitação para todos, especialmente para a mulher.
A finalização da função biológica feminina, que é a procriação, a perda gradativa da juventude, da beleza e da forma, leva a mulher a uma insegurança em relação a ela mesma e aos outros na época da menopausa.
Os sinais e sintomas, físicos e psíquicos, advindos das alterações hormonais, as doenças próprias do envelhecimento, o afastamento natural dos filhos, que partem para viverem as suas próprias vidas, fragilizam a mente e o corpo feminino. Nessa época é preciso que haja por parte do companheiro e da família uma boa dose de compreensão e muita ajuda.
Para a mulher, é hora de reaprender a viver com outros valores e objetivos. É hora de colher os investimentos feitos nela mesma e nos relacionamentos ao longo dos tempos. Aplicar no intelecto, tirar proveito dos ensinamentos e das experiências vividas, valorizar o convívio e o companheirismo, são atitudes perante a vida que fazem amenizar e superar as dificuldades existenciais na velhice. Aprender novas formas de exercer a sensibilidade e a sexualidade, compartilhar sentimentos, lembrar que é tempo de interiorização, procurar em si mesma os valores, a independência, e a felicidade que só a sabedoria da maturidade pode dar, é a forma mais bonita e inteligente de envelhecer, sem abdicar do direito de ainda poder sonhar e ser feliz.
Maria Eduarda Fagundes
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