MANEIRAS
DE ESTAR, DE SER. (II)
Há interrogações que
nos visitam para as quais nunca obteremos resposta.
É assim mesmo porque
não pode ser de outra forma.
E é assim que está
certo.
É o mistério da vida
que permite o livre arbítrio, o dissertar, o vaguear pelo território das
possibilidades e das interpretações.
Mantenhamo-nos com o
grupo de jovens e com a sua expressão de estar.
A moça de tranças, com
naturalidade, propôs:
Está
uma noite espectacular, vamos fazer música, compor e cantar.
Bora,
disse a Carol
(percebi que se chamava Carolina mas no grupo chamavam-na assim), telefona aí ao Quico para vir e trazer a
guitarra mas precisamos de mais “cenas” só a guitarra não dá.
Um, que se chamava Tó,
começou a fazer um charro.
Os outros começaram a
procurar. Coisas, objectos, algo que pudesse produzir som, deduzi eu.
Diz
ao Quico para trazer o jambé e a harmónica e, se tiver mais coisas, traga o que
dê para curtir.
A moça das tranças
procurou um número no telemóvel e fez a chamada
Quico,
o pessoal tá todo aqui. Anda ter com a malta traz a guitarra e tudo o que dê
pra fazer som e consigas trazer. O pessoal quer fazer música e cantar. Vem já.
Estava sentado na
esplanada, bebendo o meu licor e uma água das pedras e, confesso, completamente
absorvido por aquela dinâmica que se estava a criar no grupo.
Foto: Carlos Baptista; Texto: Manuel João Croca
3 comentários:
É, quando menos se espera, a vida traz-nos espetáculos destes. Sentamo-nos na esplanada e lá vai a banda a passar. Mas bom mesmo é quando se faz parte da banda. Abraçaço.
Por isso a gente olha, vai olhando.
É claro que é bom pertencer a uma banda, impossível será pertencer a todas.
Assim o que será correcto é investir na nossa e apreciar as outras.
Abraçaço Luís.
De acordo, apreciemos.
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