domingo, 3 de fevereiro de 2013

 
 
 
 
 
                                                                                            

MANEIRAS DE ESTAR, DE SER. (II)
 
Há interrogações que nos visitam para as quais nunca obteremos resposta.
É assim mesmo porque não pode ser de outra forma.
E é assim que está certo.
É o mistério da vida que permite o livre arbítrio, o dissertar, o vaguear pelo território das possibilidades e das interpretações.
Mantenhamo-nos com o grupo de jovens e com a sua expressão de estar.
A moça de tranças, com naturalidade, propôs:
Está uma noite espectacular, vamos fazer música, compor e cantar.
Bora, disse a Carol (percebi que se chamava Carolina mas no grupo chamavam-na assim), telefona aí ao Quico para vir e trazer a guitarra mas precisamos de mais “cenas” só a guitarra não dá.
Um, que se chamava Tó, começou a fazer um charro.
Os outros começaram a procurar. Coisas, objectos, algo que pudesse produzir som, deduzi eu.
Diz ao Quico para trazer o jambé e a harmónica e, se tiver mais coisas, traga o que dê para curtir.
A moça das tranças procurou um número no telemóvel e fez a chamada
Quico, o pessoal tá todo aqui. Anda ter com a malta traz a guitarra e tudo o que dê pra fazer som e consigas trazer. O pessoal quer fazer música e cantar. Vem já.
 
Estava sentado na esplanada, bebendo o meu licor e uma água das pedras e, confesso, completamente absorvido por aquela dinâmica que se estava a criar no grupo.
Foto: Carlos Baptista; Texto: Manuel João Croca

3 comentários:

luis santos disse...


É, quando menos se espera, a vida traz-nos espetáculos destes. Sentamo-nos na esplanada e lá vai a banda a passar. Mas bom mesmo é quando se faz parte da banda. Abraçaço.

estudo geral disse...

Por isso a gente olha, vai olhando.
É claro que é bom pertencer a uma banda, impossível será pertencer a todas.
Assim o que será correcto é investir na nossa e apreciar as outras.

Abraçaço Luís.

luis santos disse...

De acordo, apreciemos.