quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

D'ARTE - CONVERSAS NA GALERIA (2ª. SÉRIE)

AMAZÓNIA
 
 
 
 
 
 
CELESTE BEIRÃO
 
 
AMAZÓNIA, património perdido. A destruição das florestas tropicais é responsável por aproximadamente um quinto das emissões globais de gases do efeito estufa. A Amazónia a maior floresta tropical do planeta perdeu, só no Brasil, mais de 700.000 m2 nos últimos 40 anos. Sendo a EU importadora de quase metade da madeira amazónica. ..A peça apresentada é constituída por dois universos que representam uma dialéctica entre globalização e ambiente. Os conceitos explorados fundem-se em dois planos que formam o cenário onde decorre a acção. No primeiro apresento, através da utilização de uma mala de porão, a mobilidade, transportando-nos para o passado, mala essa que aprisiona memórias, folhas caídas prisioneiras de sonhos, árvores que brotam do seu interior como gritos. Numa outra leitura poderá significar o sacrifício do meio ambiente em prol de interesses económicos e da crescente necessidade de mobilidade das populações em busca da sobrevivência. Num segundo plano, como que constituindo o pano de fundo surge um conjunto de fragmentos que representam as vivências inerentes ao primeiro processo, um conjunto de 418 elementos onde a mancha assume o papel principal. O trabalho é composto por 418 quadrados de 10cmx10cm, em acrílico sobre papel, pintados separadamente e posteriormente agrupados resultando num painel, uma mala de porão, ramos de árvores e folhas. A sua dimensão poderá ser variável, adaptando-se ao espaço onde possa vir a ser exposto, sendo no entanto preferencialmente apresentado como nas fotos fornecidas 197 x 225 x 66 cm.

2 comentários:

Unknown disse...

Extraordinário e provocador... ficam os pensamentos.

luis santos disse...


Desde logo, o cuidado que transparece na criação da obra, da conjunção entre a mala de porão e as quadrículas, o equilíbrio das tonalidades. Depois, a devida e enxuta reflexão sobre a Amazónia, esse nosso pulmão comum, onde o ritmo das palavras acompanha o efeito das imagens. Esta postura firmemente ecologista fica muito bem no nosso Estudo.

Abraço.