domingo, 7 de abril de 2013





Foto; Edgar Cantante

As nuvens, condensações de humidade, assinalam a água que anuncia os sonhos.
Descansam nos braços das árvores embaladas na brisa da tarde na imensidão azul.
Passam aves discorrendo em voos e o tempo roda ao encontro do colo do fim do dia.
As marés anunciam que tudo se move agora e sempre num anseio tão sem fim que não vale a pressa de chegar antes.
Os ciclos estão marcados o tempo cumpre-se a vida sucede-se e nós damos ou não conta disso.

Manuel João Croca







14 comentários:

luis santos disse...

Belo texto. O suspiro da natureza. Só achámos a pontuação a mais: sem pontos,nem vírgulas, ficaria perfeito, e como é sabido nem nos perdemos de amores pelo Saramago, nem sequer nunca tinhamos pensado que um texto poderia ser exponenciado por infração gramatical. Um abraço anarquista.

Amélia Oliveira disse...

Bom dia, Manuel João!
Gostei particularmente deste seu texto! E fiquei 'presa' ao seu início: porque quando sonhamos é hábito dizer-se que andamos 'com a cabeça nas nuvens'... depois, adoro todo este campo semântico ligado à natureza, para mim a maior de todas as deusas! E os ciclos sucedem-se...

Um Bom Domingo e um Abraço!

A.Tapadinhas disse...

Não sei se gosto mais do texto ou dos comentários...

Pensando melhor...

O que importa é a causa das coisas!

Gosto mais do texto!

Abraço geral!
António

MJC disse...

Mas talvez tenhas razão. A versão para a posteridade talvez vá como dizes.

Abraço

MJC disse...

Olá Amélia, viva!

Que bom o seu
(será que não poderíamos tentar um tratamento mais informal? um tu não tornará a comunicação mais "escorreita"?)
comentário.

Agradeço e fico contente.
A Natureza é, de facto, uma deusa muito instigante e inspiradora. E nunca se cansa da renovação, sempre adaptando-se à fisionomia dos tempos na, como diz, sucessão dos ciclos.

Um abraço.

Manuel João

MJC disse...

Amigo António, viva!

Eu também gosto do texto (que surpresa!!!) e dos comentários, e dos comentários aos comentários.
Enfim, da troca.

Grande Abraço.

Manuel João

MJC disse...

Luís, outra vez eu.

O título daquele texto vai ficar "O suspiro da natureza".
Abraço.

manuel João

MJC disse...

Não sei porquê, o primeiro dos meus comentários ao teu comentário não ficou registado. Espero fique agora.
Abraço.

Amigo Luis, viva!

Agradeço o teu comentário e acho delicioso o "título" que lhe deste.

Quanto ao resto, olha a única coisa que posso dizer é que foi assim que surgiu e como tal foi assim que o reproduzi.

Abraço grande.

Manuel João

Luís F. de A. Gomes disse...

É isso, somos parte integrante da Natureza, apenas não damos conta disso. Mas quando um dia voltarmos a viver integrados nos seus civlos, no respeito harmonioso pelos seus equilíbrios, então finalmente descobriremos que o Éden, afinal, é aqui, nesta nossa casinha comum onde sempre estivémos e de onde um futuro nos levará à procura de uma outra estrela, distante.

Aquele abraço, companheiro

Luís

Amélia Oliveira disse...

Combinado, Manuel João: agora será tu cá, tu lá... :)

Resto de bom Domingo!

luis santos disse...


...Bem na verdade o título pertence mais à Terceira, Açores, virado para o Monte Brasil, onde a natureza suspira, segreda e canta, perante a beleza que se lhe depara. Agora, já por cá, resta um Abraço Grande.

MJC disse...

Amigo Luis Gomes,
agradeço o comentário.

De facto, no meio de todas estas trapalhadas e coisas menos boas, continua a haver algo que ainda (nos)sorri.

Um abraço.

Manuel João

MJC disse...

Olá Amélia, viva!

Ainda bem que agora ficamos assim. Suspeito que agora já não irei hesitar na redacção quando me deparar com os verbos.

Parece que o sol finalmente chegou. É aproveitá-lo para matar saudades.

Um abraço.

Manuel João

MJC disse...

Amigo Luís, viva!

Já sei que a incursão à Terceira se saldou por uma vitória em toda à linha.
Até a Natureza suspirou.
Mas creio poder afirmar que ela suspira em toda a parte.
Assim suspendamos o ruído e nos ponhamos à escuta.

Abraço grande,

Manuel João