Foto; Edgar Cantante
As
nuvens, condensações de humidade, assinalam a água que anuncia os sonhos.
Descansam
nos braços das árvores embaladas na brisa da tarde na imensidão azul.
Passam
aves discorrendo em voos e o tempo roda ao encontro do colo do fim do dia.
As
marés anunciam que tudo se move agora e sempre num anseio tão sem fim que não
vale a pressa de chegar antes.
Os
ciclos estão marcados o tempo cumpre-se a vida sucede-se e nós damos ou não
conta disso.
Manuel João Croca
14 comentários:
Belo texto. O suspiro da natureza. Só achámos a pontuação a mais: sem pontos,nem vírgulas, ficaria perfeito, e como é sabido nem nos perdemos de amores pelo Saramago, nem sequer nunca tinhamos pensado que um texto poderia ser exponenciado por infração gramatical. Um abraço anarquista.
Bom dia, Manuel João!
Gostei particularmente deste seu texto! E fiquei 'presa' ao seu início: porque quando sonhamos é hábito dizer-se que andamos 'com a cabeça nas nuvens'... depois, adoro todo este campo semântico ligado à natureza, para mim a maior de todas as deusas! E os ciclos sucedem-se...
Um Bom Domingo e um Abraço!
Não sei se gosto mais do texto ou dos comentários...
Pensando melhor...
O que importa é a causa das coisas!
Gosto mais do texto!
Abraço geral!
António
Mas talvez tenhas razão. A versão para a posteridade talvez vá como dizes.
Abraço
Olá Amélia, viva!
Que bom o seu
(será que não poderíamos tentar um tratamento mais informal? um tu não tornará a comunicação mais "escorreita"?)
comentário.
Agradeço e fico contente.
A Natureza é, de facto, uma deusa muito instigante e inspiradora. E nunca se cansa da renovação, sempre adaptando-se à fisionomia dos tempos na, como diz, sucessão dos ciclos.
Um abraço.
Manuel João
Amigo António, viva!
Eu também gosto do texto (que surpresa!!!) e dos comentários, e dos comentários aos comentários.
Enfim, da troca.
Grande Abraço.
Manuel João
Luís, outra vez eu.
O título daquele texto vai ficar "O suspiro da natureza".
Abraço.
manuel João
Não sei porquê, o primeiro dos meus comentários ao teu comentário não ficou registado. Espero fique agora.
Abraço.
Amigo Luis, viva!
Agradeço o teu comentário e acho delicioso o "título" que lhe deste.
Quanto ao resto, olha a única coisa que posso dizer é que foi assim que surgiu e como tal foi assim que o reproduzi.
Abraço grande.
Manuel João
É isso, somos parte integrante da Natureza, apenas não damos conta disso. Mas quando um dia voltarmos a viver integrados nos seus civlos, no respeito harmonioso pelos seus equilíbrios, então finalmente descobriremos que o Éden, afinal, é aqui, nesta nossa casinha comum onde sempre estivémos e de onde um futuro nos levará à procura de uma outra estrela, distante.
Aquele abraço, companheiro
Luís
Combinado, Manuel João: agora será tu cá, tu lá... :)
Resto de bom Domingo!
...Bem na verdade o título pertence mais à Terceira, Açores, virado para o Monte Brasil, onde a natureza suspira, segreda e canta, perante a beleza que se lhe depara. Agora, já por cá, resta um Abraço Grande.
Amigo Luis Gomes,
agradeço o comentário.
De facto, no meio de todas estas trapalhadas e coisas menos boas, continua a haver algo que ainda (nos)sorri.
Um abraço.
Manuel João
Olá Amélia, viva!
Ainda bem que agora ficamos assim. Suspeito que agora já não irei hesitar na redacção quando me deparar com os verbos.
Parece que o sol finalmente chegou. É aproveitá-lo para matar saudades.
Um abraço.
Manuel João
Amigo Luís, viva!
Já sei que a incursão à Terceira se saldou por uma vitória em toda à linha.
Até a Natureza suspirou.
Mas creio poder afirmar que ela suspira em toda a parte.
Assim suspendamos o ruído e nos ponhamos à escuta.
Abraço grande,
Manuel João
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