sábado, 15 de junho de 2013

Divulgação

MOVIMENTO
POR MELHORES COMBOIOS NA “LINHA DO SADO”
Rua Silva Porto,6 R/C, 2900 Setúbal Fax: 210 879 405






A inaceitável situação de funcionamento da Linha do Sado.


Senhor Ministro,


Desde o início da electrificação da Linha do Sado, em 14/12/2008, que questões fundamentais para o seu normal funcionamento, como o cumprimento dos horários; a regular manutenção dos elevadores; a vigilância nas estações e apeadeiros, e a necessidade da existência de bilheteiras como alternativa nos casos de falta de resposta das máquinas para aquisição de bilhete, têm sido colocadas directamente por esta Comissão à CP, à REFER e dado conhecimento disso ao Senhor Ministro da Tutela.

E colocamos que a deslocação de apenas três unidades motoras para esta linha era manifestamente insuficiente, impondo-se sim a vinda de mais uma unidade motora a fim de assegurar a regular manutenção do material circulante e corresponder ao cumprimento dos horários em vigor.

É no mesmo sentido, que temos defendido a necessidade da utilização da EMEF do Barreiro por ser a oficina adequada e melhor posicionada para a manutenção e reparação do material circulante a operar nesta linha.

Senhor Ministro,

Na Linha do Sado há sempre elevadores que não funcionam, situação que conduz a três situações que não devem existir, a saber:

1)    - A que idosos, pessoas com artroses, mães com crianças em carrinhos ou ao colo e pessoas com volumes pesados, sejam forçados a utilizar os 44 degraus da escadaria.

2)    - A que a vedação nos apeadeiros seja rebentada para que diariamente um número considerável de pessoas atravesse a pé as duas linhas, situação perigosa que pode levar à perda de vidas;

3)    - E a que muitas das pessoas estejam a evitar utilizar o comboio, o que é mau para as populações e para a receita da própria CP.

Acresce que a falta de vigilância nos apeadeiros durante o horário de circulação dos comboios é não só um forte impedimento ao aumento de passageiros como coloca os utentes em situação de insegurança.

E há, inclusivamente, situações cuja existência não têm o mínimo de justificação, como seja a falta de higiene e limpeza nos elevadores e cais de embarque.

Senhor Ministro,

O argumento que a CP – Comboios de Portugal tem utilizado em cartazes afixados nos locais de embarque de passageiro e não só, como pretensa justificação ao não cumprimento dos horários e ao corte de comboios a que chama “perturbações resultantes das greves dos ferroviários”, não passa, Senhor Ministro, de uma pura mascarada.

Primeiro, porque nas questões laborais entre empregadores e empregados, as leis do trabalho e os compromissos existentes devem ser respeitados;

Segundo, porque tais situações não ilibam a CP de cumprir o seu compromisso, público, com os utentes e as populações, garantindo transporte alternativo.

Compromisso a que a CP não pode fazer dela letra morta, e muito menos quando uma grande parte dos utentes tem já o seu título de transporte pago e o seu posto de trabalho é posto em causa pela falta forçada ao emprego.

Uma vez que notícias surgidas na comunicação social podem ser interpretadas como uma ameaça de privatização da Linha do Sado, aqui fica, Senhor Ministro, o alerta geral da parte dos utentes de que a privatização da linha, pela inevitabilidade que uma tal situação traria mais aumentos dos tarifários e a degradação de um serviço que se pretende que seja público e efectuado pela CP, como empresa pública.


 Com as respeitáveis saudações democráticas.


 Setúbal, 14.06.2013



                                          P`la Comissão de Utentes da Linha do Sado

                                                                          Américo Lázaro Leal

                                                                       Frederico Tavares


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