OUTRA VEZ AS ÁRVORES
Sedentas sob o sol
as árvores
na planície que escalda.
Estoicamente geram
sombra que protege
o chão de que nascem
e crescem.
Saudosas das fontes
que brotam do céu
carpindo-se na chuva
que alavanca o futuro.
Como ideias que travam
o anúncio do deserto
e o destempero
que a inquietação carrega.
Manuel João Croca
Foto: Edgar Cantante
5 comentários:
Esse papo seu tá qualquer coisa
você já está p'ra lá de Marraquexe
Mexe qualquer coisa dentro doida
Já qualquer coisa doida dentro mexe
Não se aveche não baião de dois
Deixe de manhas, deixe de manhas
Pois sem essa aranha, sem essa aranha
nem o sarro avessa o carro
nem o carro avança a Espanha
Deixe de manha, deixe de manha
Esse papo seu já está de manhã.
(mais ou menos Caetano Veloso, a letra possível que os pássaros cantam lá de cima das árvores).
E prontos.
MJC,
As Árvores como metáfora de todos nós?
Não consigo identificar a árvore da foto do Edgar (bela foto, Edgar!), mas como me parece que ontem (ou no dia anterior) foi o Dia do Sobreiro e da Cortiça, pode ser que seja um sobreiro...
Abraço,
Amélia
Os Amigos não páram de me surpreender.
Associam-me a cada craque...
Primeiro foi o António com a pintura do Bacon, agora tu com a poesia do Caetano.
Sinto-me honrado embora confesse não enxergar a relação.
Mas alguma haverá de ter, não sei, penso eu.
Abraço.
Manuel João
Olá Amélia, boa noite.
Sim, creio que as árvores podemos ser nós em algumas situações.
A foto é de facto muito bela embora não consiga dizer com exactidão de que espécie se trata.
Talvez uma pequena azinheira mas, no caso, pouco importa, creio.
Abraço.
Manuel João
A relação não precisa de ser direta... Pode ser como na interpretação das pinturas.
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