Bhagavad-Gita,
ou “A Canção de Deus”
Capítulo do Mahabharata, o grande épico
indiano, e um dos textos sagrados do hinduísmo.
O grande protagonista do livro que fala na
primeira pessoa, Krishna, o avatar de Vishnu, ou seja a própria divindade,
dialoga com Arjuna, seu discípulo guerreiro, em pleno campo de
batalha. Arjuna representa o papel de uma alma confusa sobre o seu dever e recebe
iluminação diretamente do Senhor Krishna que o instrói na arte da auto-realização.
Há quem
o considere o maior das “Uppanishades”. É o texto inspirador de Ghandi.
Influenciou muitos escritores ocidentais como
Aldous Huxley. “Irmânia”, livro de Ângelo Ribeiro, autor português do século
passado, também revela a sua influência. Einstein dizia que “quando lia o
Bhagavad-Gita e pensava nas leis do universo, tudo o resto se tornava vulgar”.
Esta obra releva, sobretudo, o amor devocional,
o amor divino, acima de conhecimento e ação, dos que agem com os sentidos
equilibrados, ou dos que agem não agindo, à boa maneira do Tao.
A essência de Krishna é o universo inteiro.
Tudo é sagrado. Tudo é uno. O uno e o múltiplo são inseparáveis. Deus é a
totalidade, transcende o bem e o mal, ou seja, pode ser bom, mas também pode
ser mau!
Krishna diz a Arjuna: “Tu e eu existimos desde
sempre”; “os corpos perecem, mas a alma não”; “o Uno não tem início, nem fim –
não nasceu, nem morrerá”; “o apego ao prazer, a aversão à dor, a valorização da
dualidade são limitações humanas”; “Deus é tudo em todas as coisas”, de resto
como diz São Paulo nos “Coríntios”.
E continuando: “Só aquele a quem conceder uma
particular graça é que me pode ver, mais ninguém”… Mas enquanto homem, Arjuna,
não aguenta muito tempo a perceção e a visão de Deus, e só quer que a
experiência acabe…
Carlos Rodrigues
P.S.: Provavelmente o último, dedicado ao Croca.
3 comentários:
Se se confirmar que é último será, na minha opinião, uma pena já que considero a rúbrica deveras interessante.
O facto de me ser dedicada obriga-me a uma releitura da releitura, mais atenta, para tentar perceber o melhor possível o que ali está.
De qualquer forma os meus agradecimentos ao Carlos Rodrigues.
Com um abraço.
Croca
Não tens que agradecer. Foi uma dedicatória merecida. E Abraço.
Não tenho que mas quero.
Agradecer.
A dedicatória e o abraço.
E quero também desejar que a rúbrica possa continuar.
Quer dizer, desejo mas sem pressão.
Abraço.
Croca
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