Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem".
Coordenação de Edição: Luís Santos.
...artigo onde às tantas, por coincidência, se diz assim:
"(...)Este estatuto das imagens é uma novidade sobretudo se pensarmos tratar-se não das imagens da pintura ou da escultura, cujo estatuto já foi garantido pela tradição, mas de imagens do cinema e da fotografia, ou seja, imagens técnicas ainda agora inventadas.
Paulo Nozolino não fala das ruínas, mas o seu olhar transformado nos seres de luz escuridão das suas fotografias inscrevem-se nesta procura dos vestígios do presente. As fotografias são imagens de destroços, lugares abandonados e totalmente esquecidos, ou seja, são imagens acerca das novas ruínas. As quais já não são os vestígios daquilo que um dia existiu e que pode testemunhar a configuração do espírito humano, mas são o que resta depois do abandono e esquecimento. Não se trata de um olhar melancólico com um gosto especial por paisagens de dor,(...)"
Ípsilon, Nuno Crespo sobre exposição de Paolo Nazolini, s/d
Em suma: fotografias à procura dos vestígios do presente, já depois do abandono e do esquecimento de si próprios, da luz que sucede à sombra.
Para além da mecânica há a emoção do olhar que impele o dedo para o click. O olhar, essência da fotografia. O Lucas Rosa tem um olhar peculiar de que eu gosto.
Sim, um flash de emoções e um abraço. Mas, neste caso, referia-se ele à capacidade inventiva, à descoberta, que precede essa tal outra essência. Quanto ao seu olhar tem coisas que eu também gosto.
4 comentários:
Por coincidência, li no ípsilon um artigo que considerei interessante sobre fotografia e actualidade. Fica o link!
http://ipsilon.publico.pt/artes/critica.aspx?id=317751
...artigo onde às tantas, por coincidência, se diz assim:
"(...)Este estatuto das imagens é uma novidade sobretudo se pensarmos tratar-se não das imagens da pintura ou da escultura, cujo estatuto já foi garantido pela tradição, mas de imagens do cinema e da fotografia, ou seja, imagens técnicas ainda agora inventadas.
Paulo Nozolino não fala das ruínas, mas o seu olhar transformado nos seres de luz escuridão das suas fotografias inscrevem-se nesta procura dos vestígios do presente. As fotografias são imagens de destroços, lugares abandonados e totalmente esquecidos, ou seja, são imagens acerca das novas ruínas. As quais já não são os vestígios daquilo que um dia existiu e que pode testemunhar a configuração do espírito humano, mas são o que resta depois do abandono e esquecimento. Não se trata de um olhar melancólico com um gosto especial por paisagens de dor,(...)"
Ípsilon, Nuno Crespo sobre exposição de Paolo Nazolini, s/d
Em suma: fotografias à procura dos vestígios do presente, já depois do abandono e do esquecimento de si próprios, da luz que sucede à sombra.
Para além da mecânica há a emoção do olhar que impele o dedo para o click.
O olhar, essência da fotografia.
O Lucas Rosa tem um olhar peculiar de que eu gosto.
Abraço,
Manuel João
Sim, um flash de emoções e um abraço. Mas, neste caso, referia-se ele à capacidade inventiva, à descoberta, que precede essa tal outra essência. Quanto ao seu olhar tem coisas que eu também gosto.
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