Cafetaria
Automática, Edward Hopper, 1927
Óleo sobre
Tela, 72,4x91,4cm
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Amar
Amar de verdade, muitas vezes significa deixar o ser amado ir...voar... se assim ele é feliz...
Não aprisionar, talvez seja o maior dos desafios de amar...
Livre como um cavalo selvagem.
Leve como uma borboleta.
Ligeiro como um beija-flor.
Assim é o amor... Não tente aprisioná-lo, classificá-lo. Nada de catalogá-lo. Não lhe pregue etiquetas, rótulos, códigos de barra, nem data de vencimentos. Não tente armazenar....é a morte do amor...
Não aprisionar, talvez seja o maior dos desafios de amar...
Livre como um cavalo selvagem.
Leve como uma borboleta.
Ligeiro como um beija-flor.
Assim é o amor... Não tente aprisioná-lo, classificá-lo. Nada de catalogá-lo. Não lhe pregue etiquetas, rótulos, códigos de barra, nem data de vencimentos. Não tente armazenar....é a morte do amor...
Ele é volátil, e quando menos voce esperar,
perceberá que nada mais resta em seus "containers"...
O amor é como espirais de fumaça, gotículas de água, a melodia de uma música, a
beleza de uma orquídea...a fragilidade de uma libélula...
Admirar seu voo livre, seu colorido, seu alarido...
Ouvir seu canto, embriagar-se com seus encantos, chorar com seu pranto...
Mas jamais tentar prendê-lo,carimbá-lo, acorrentá-lo;
O amor é como espirais de fumaça, gotículas de água, a melodia de uma música, a
beleza de uma orquídea...a fragilidade de uma libélula...
Admirar seu voo livre, seu colorido, seu alarido...
Ouvir seu canto, embriagar-se com seus encantos, chorar com seu pranto...
Mas jamais tentar prendê-lo,carimbá-lo, acorrentá-lo;
Engarrafar, represar, estancar, segurar... Jamais!
Amor é liberdade, é infinito, é intocável e admirável...
Amor é sonho, amor é ilusão, amor é emoção...
Amor é para sentir...aspirar, ouvir, sonhar, admirar...
Sorver, em doses mínimas, em pequeninas taças de fino cristal...
A efemeridade do amor é que o torna tão grandioso...
Deixo-o livre, e verá um desabrochar explendoroso... Um brilho esfuziante...
Deixe-o livre...E terá um espetáculo para apreciar, aplaudir, gritar "bravo"!
Aprisione o amor, e terás um funeral...
Portanto, dê-lhe belas asas...
Amor é liberdade, é infinito, é intocável e admirável...
Amor é sonho, amor é ilusão, amor é emoção...
Amor é para sentir...aspirar, ouvir, sonhar, admirar...
Sorver, em doses mínimas, em pequeninas taças de fino cristal...
A efemeridade do amor é que o torna tão grandioso...
Deixo-o livre, e verá um desabrochar explendoroso... Um brilho esfuziante...
Deixe-o livre...E terá um espetáculo para apreciar, aplaudir, gritar "bravo"!
Aprisione o amor, e terás um funeral...
Portanto, dê-lhe belas asas...
Ensine-o a voar.. ajude-o...
Há que se bastar com isso...!
Há que se bastar com isso...!
Alice Freitas
O MEU DESACORDO
Não posso estar mais em desacordo contigo, menina!
Amar de verdade, nunca significa deixar o ser amado voar sozinho...
Se quer ser um cavalo selvagem, carrega você no lombo...
Quer ser beija-flor, então você é a flor...
Não o prende, mas põe um freio para o poder conduzir...
Se é volátil, gotículas de água, então tem de condensá-lo, como fazem as plantas com o orvalho da manhã...
Se ele quiser voar, não lhe corte as asas: voe com ele...
10 comentários:
Acabei de escrever um comentário e de o perder, mas dizia mais ou menos assim (esta é a 'short version'):
Bom dia Alice e António!
Excelentes os textos! Não sei como é possível, mas concordo com os dois, por isso vou abster-me de os comentar. Parabéns pela qualidade e adoro o Hopper (funciona muito bem nas aulas, já trabalhei com alguns quadros dele, sobretudo para prática da descrição física e psicológica das suas 'personagens'). Mas se o António não tiver nada melhor para fazer com o seu tempo, a aula de Artes Plásticas cai sempre bem e é sempre um excelente complemento a esta 'rubrica'. Tenho a certeza de que não sou a única leitora a pensar assim... :)
Muitos Abraços!
Amélia
O amor é cuidadoso, mas confiante. É forte, mas sereno. Surpreende, mas espera-se. O amor prende-nos mas é livre… porque intencional. O amor une na diferença… porque nos faz aceitar. O amor é permanecer, apesar da imperfeição. O amor é uma coisa rara e difícil.
Só se ama quando se vive eternamente…
O texto é muito bonito e apetece ler.
Quanto ao amar, cada um fá-lo conforme pode, sabe e sente.
Não haverá, concerteza, dicionário algum que ensine o passo a seguir.
Cada um tem que ir pelos seus dedos que é como quem diz coração e razão. Experimentando.
O quadro do Hoper é muito belo.
Abraços.
Manuel João
Amélia Oliveira: "Tenho a certeza de que não sou a única leitora a pensar assim... :)"
Não sei se tem razão... Tem sido o único leitor a manifestar interesse pela minha opinião sobre o pintor/pintura que ilustra o Texto.
Entre quantidade e qualidade, privilegio esta última e é por isso que sempre lhe tenho dado a minha opinião.
Para mim, Hopper é o pintor da solidão. Não da solidão piegas (como disse The Rabbit:), mas da solidão luminosa, do feérico das cores, de pessoas mergulhadas na sua própria melancolia.
O mar de Hopper, a sua paisagem é feita de tons quentes, deixando adivinhar o optimismo do artista. Mas para nós fica uma sensação de tristeza, de inquietação, que por não ter nenhuma razão aparente, nos causa ainda maior desassossego...
Beijo,
António
Posta assim a questão tenho de dizer:
Também quero!!!!
É evidente que o 2 em 1 é muito mais enriquecedor.
Revejo-me completamente na tua leitura do Hopper.
Abraço.
Manuel João
Ava disse...
Antonio, qual não foi minha surpresa ao deparar com esse texto/poesia escrito há um tempo atrás, tempo esse que sinto saudade...
Saudade, porque não tem nada mais gostoso que uma alma inebriada de amor!
O amor faz muita falta!
Podemos ter opiniões diferente sobre o amor, mas isso deriva de como o vivenciamos...
Talvez eu não tenha sabido "aprisionar" o meu amor...
Quanto a magnífica tela de Hopper, é a ilustração perfeita para esse estado de espírito, em que amar vai muito mais além apenas uma presença física.
Sinto é como se ele tivesse colocado nessa tela toda a solidão e melancolia de amar...
BB encantados!
Alice
António,
E mais uma vez lhe agradeço - ficamos sempre todos a ganhar com as suas maravilhosas 'aulas'. É exactamente pelo o escreveu sobre o Hopper que tem feito dele um excelente instrumento de trabalho (e de prazer também, claro!).
Um beijo enorme!
Amélia
Amélia/MJC: Pronto! Já são dois...
Sempre que a Sra. Inspiração me visitar, deixarei um pequeno apontamento sobre a obra e/ou o seu autor.
Abreijos,
António
Ava: Sabes? Foi com certo receio que utilizei o teu poema para cumprir a minha postagem da Segunda-feira, REAL...
Infundados os meus receios... e ainda bem!
Recebi BB que me faziam tanta falta!
António
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