Um lago azul projecta-se para lá dos ângulos da janela, por cima dos prédios e dos operários da construção civil.
E as nuvens, talvez ilhas líquidas de algodão etéreo, estão cinzentas, carregadas de energia estática, pronta a explodir em qualquer instante.
Recortes de árvores e periferias columbófilas e o Sol amortalha-se nos murmúrios do vento, às quatro da tarde, quando as buzinas das fábricas tocam para o descanso de dez minutos.
E a tempestade aproxima-se nos gritos das crianças no parque infantil.
7 comentários:
Fabuloso. Foi possível ver...
Teresa
O meu computador parece ter ganho vida própria, de vez em quando vejo desaparecer textos inteiros que depois já não tenho energia para voltar a escrever. Aconteceu-me com um comentário ao teu gentil comentário nos Frescos anteriores, a propósito de Turner e da estética no Romantismo Inglês, por isso e antes que volte a acontecer o mesmo, deixa-me subscrever o comentário da Teresa Bondoso: Fabuloso. (as always!)
Eu também vi.
Nem o mais belo, profundo e poderoso texto do mundo seria um diamante sem os olhos que por ele dessem. Sem a grandeza do Leitor, jamais aquele poderia luzir o que quer que fosse.
Thank you.
Luís,
O que disse à Teresa Bondoso aplica-se aqui, com a ressalva do olhar parcial que decorre do afecto que emana entre amigos de uma vida.
Aquele abraço, companheiro
Luís
Nem o mais belo, profundo e poderoso texto do mundo seria um diamante sem os olhos que por ele dessem. Sem a grandeza do Leitor, jamais aquele poderia luzir o que quer que fosse.
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