D'ARTE - CONVERSAS NA GALERIA
(3ª Série) - 03
ESCULTURA
Francisco Moura
PODIA
SER O CÃO DO MEXICANO
Dimensões: 32 x 26 x 19
Técnica: Ferro Oxidado
Os
cães que trabalho, seja em pintura seja em desenho ou em escultura são sempre
muito magros, esquálidos mesmo.
Não consigo identificar exactamente qual a
razão para que assim se me apresentem mas, talvez, uma manifestação
de revolta perante a fome.
O facto de, há já muitos anos, ter
observado o esqueleto de um cão e de ter “gravado” a enorme plasticidade da
“composição” também deverá pesar quando me decido a criar.
Francisco Moura
Francisco
Moura nasceu no Barreiro (em 1958) mas veio viver com os pais para Alhos Vedros
com apenas alguns dias de vida.
Fez
aqui a instrução primária até à 3ª classe e depois foi viver para o Barreiro.
Estudou
até ao 12º ano (Humanidades).
Fez
o Curso de Pintura e o 3º Ano Complementar de Atelier na Sociedade Nacional de
Belas Artes.
Tem
ainda o Curso de Estética e Teoria de Arte Moderna.
Para
além da Escultura também regista uma vasta actividade na Pintura (utilizando
várias técnicas e linguagens) e no Desenho.
Actualmente
é operário no Arsenal do Alfeite.
3 comentários:
Pouco representada entre nós, a escultura merece uma maior visibilidade e uma aposta maior, sobretudo, porque quem a ela se dedica. Esta é particularmente bonita. Parabéns e Abraço.
Para além da beleza que lhe encontro, esta escultura questiona-me, confronta-me e desassossega-me de uma forma que não sei explicar.
Fico então a olhar para ela a pensar, pensar, pensar ...
Será por isto a arte?
Manuel João
Gosto muito, deste e doutros trabalhos teus que já tive oportunidade de apreciar... mas deste de forma muito especial.
E já agora, para quando uma exposição em Alhos Vedros, Francisco Moura?
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