sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Poemas de Pedro Du Bois


PROVÍNCIAS

Pensou ser histeria
a província. Estava
olhando o espaço
errado. A província
incógnita contém
ideias indigestas
trazidas de fora. O cosmo
fechado em buracos atrai
a sede da permanência:
bom dia boa tarde boa noite.
 

 
NASCER

Conhece do mar a correnteza
a força a cor e as ondas
restabelece com o ar relação de força
ao planar o objeto e contar o espaço
em velocidade no desfazer a terra
em pedaços loteados nos alicerces
das casas altas: reanima o corpo
sob o estupor da música
e se deixa ficar: a vida é a mesma
                    desde quando gerado.



CAPAZ

Capaz de irradiar
o fato no sacrilégio
do acontecimento em lance
rápido de ataque. A sistematização
da defesa no entorno da praça. O contorno
do pássaro em ares enjaulado. Imprimir
no verso o movimento lento das parábolas.
Imprimir no selo a marca da passagem.

Ter na capacidade adjetivada
do referendo o dogma não acontecido.


(Pedro Du Bois, inéditos)

2 comentários:

Pedro Du Bois disse...

Grato, Luís, pela gentileza do seu espaço. Abraços, Pedro.

luis santos disse...


Igualmente gratos, Pedro. O espaço é nosso.
Abraços,
Luís Santos