quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Boas Entradas



“Memórias De Um Tempo Nunca”

Lá se vai o tempo
Mesmo não indo ou vindo
Ficando só a lembrança dele
Restando a amalgama de seus restos

Desaparece a carne de hoje
Reaparece todos os dias de manhã
Vem com cada alvorada da luz solar
Renasce sempre que se abrem os olhos

Há um pensamento renovado
Inicia-se o dia independente da hora
Arrancam-se novas ideias ao pensamento
Escuta-se o rumor do fervilhar da vida lá fora

O Céu apresenta-se carregado de promessas
A esperança da natureza invade corações
Pressente-se a agitação no ritmo dos passos
Folhas caducas afastam-se para deixar passar

No turbilhão longínquo da rua sente-se o futuro
Do passado já pouco pó resta na memória
Tudo as sombras se encarregam de enterrar
Ficando resquícios indeléveis arrecadados na poeira levantada...


Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 1 de Janeiro de 2013, em alusão, ao que para muitos é, a ilusão mental do passar do tempo...


3 comentários:

luis santos disse...


Caríssimo Amigo Manuel de Sousa, BOM ANO!

Também gostava de ver e cheirar tão belas rosas. Mas suspeito que não temos por cá sementes desse tipo. Não deixe de enviar algumas pétalas por envelope.

Aquele Abraço.

Luís Santos

MJC disse...

"Inicia-se o dia independente da hora"

quando a aurora brota da alma e jorra, jorra, jorra até saciar bocas sequiosas.

Senti-me abraçado no seu bem-querer Manuel de Sousa.

Obrigado e um grande abraço.

Manuel João Croca

Anónimo disse...

Gostei do seu conto! Quem sabe um dia os 'Reis Ciclopes' que nos governam não aprendem a linguagem das rosas e então começaremos a ter roseirais em todas as aldeias, vilas, cidades, países e continentes deste nosso Planeta... Há que ter esperança, afinal a linguagem das rosas não é assim tão difícil, basta amar e cuidar!