domingo, 13 de janeiro de 2013










QUERER - II


O oásis é além.

Depois da seara verde,
depois de atravessar a clareira
dos campos incultos por cultivar.

Quem se esqueceu de semear?

Quem se isentou da responsabilidade?

Quem desistiu do futuro?



Texto de Manuel João Croca
Fotografia de Edgar Cantante

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito boa a fotografia - 'ilustração' perfeita para as palavras que se lhe seguem!
Levantou-me algumas questões este QUERER-II - mas afinal não será essa a função da escrita? Levantar questões a quem lê? Daria 'pano para mangas', esta discussão, mas não vamos por aí...
O facto de 3 dos 5 versos serem interrogações não é apenas um acaso de escrita, pois não?
O oásis, nestes tempos inférteis, pode ser na seara verde - porque não? Teremos sido todos nós a esquecer, a isentar(...), a desistir? Provavelmente... Estaremos a tempo de 'erguer' oásis em searas verdes? Provavelmente...
Obrigada por me ter feito pensar neste Domingo de manhã! O objectivo da escrita poética ficará para outra vez!!!
Bom Domingo!

Anónimo disse...

Esqueci-me de mencionar que também gostei da citação do António Justo, publicada na página inicial do EG. Utopia? Podemos sempre escolher não acreditar em impossíveis...

MJC disse...

Caro Anónimo, muito obrigado pelo seu comentário.

Fico satisfeito por o meu poema o ter feito pensar e é claro que os versos em forma de perguntas não são por acaso.
Considero que´é sempre bom confrontarmo-nos a nós próprios, questionarmo-nos, pois que as conclusões a que chegarmos serão para nós muito mais importantes que qualquer caminho apontado por terceiros. E nos tempos que se vivem parece-me urgente que encontremos outros, novos, caminhos pois que por aqui estamos chegando ao fundo do poço. O objectivo da escrita poética é viver, creio.
Obrigado.

Manuel João

MJC disse...

Caro Anónimo, muito obrigado pelo seu comentário.

Fico satisfeito por o meu poema o ter feito pensar e é claro que os versos em forma de perguntas não são por acaso.
Considero que´é sempre bom confrontarmo-nos a nós próprios, questionarmo-nos, pois que as conclusões a que chegarmos serão para nós muito mais importantes que qualquer caminho apontado por terceiros. E nos tempos que se vivem parece-me urgente que encontremos outros, novos, caminhos pois que por aqui estamos chegando ao fundo do poço. O objectivo da escrita poética é viver, creio.
Obrigado.

Manuel João