Itabira
ao meu amor no 1 de Janeiro 2013
não há mar tão perto mas esse mar ao
fundo de Minas
vamos de autobus desde Belo Horizonte são
linhas que se desenham na paisagem seca e
dura de
mineiros
não há mar mas esse mar ao fundo de Minas
onde o carvão ficou tranquilo
guardo no coração as linhas da tua casa
como um abrigo de passagem
voo entre dois mundos e só sei do amor
nas flores que ficam pelo chão
Carlos Drumond de Andrade nasceu em
Itabira como tu e pergunta
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FRONTEIRAS
Marco a distância: crio fronteiras
e as armo em cercas farpadas.
Reservo espaço ao póstero. Sigo
os passos menino moço remoçado
e impeço sua saída. Pergunto pela
identidade: faço ver a necessidade
das explicações. Armo minha fala
no descaso do eterno (ou quase)
vigilante. No peso a responsabilidade
rompe o estribilho. Minha fronteira
exige permanências.
(Pedro Du Bois, inédito)
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Essência
A vida é um
bem mais que precioso
Qualquer dia
esse tesouro guardado
abrir-se-á
A
purificação é permanente,
e é bom que
seja
Não há que mudar
o que se é
há que
aprender, desaprendendo
(o transcendental salto)
Silêncio
Luís Santos
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querer
é um querer que não quero,
um fazer que não posso,
um parar já no fosso,
um doer sem fim!
um (re)amar de choro,
um enlouquecer em mim,
um pensar constante,
um desejo de Fim…
Amélia Oliveira
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Tragédia
escondida de todos
Segredo é uma
fantasia oculta.
Secreta é a disciplina do mundo e suas leis
Com tudo o que tenho em mim.
Fantasma é quase o contrário
Do que existe e todos veêm.
Niguem os vê !?!?! Certíssimo!
Todos os olham por dentro sentindo.
Será verdade ?
Diogo Correia
6 comentários:
muito bem acompanhado por um amor gigante
faz temporal lá fora e escrevemos
abraço fraterno
uma pequena antologia poética. Muito boa a companhia. Diversos e misteriosos os caminhos da poesia. Abraços.
Um muito obrigada pela publicação e, sobretudo, pela excelente companhia! Um raio de luz neste dia chuvoso...
Um abraço!
Caro Luís, permitir-me companhia tão prazerosa, não tem preço. Gratíssimo, Pedro.
Grata surpresa esta sequência poética.
A qualidade é muita.
O Estudo Geral vai-se refinando nos encontros que se realizam.
Gosto muito. Parabéns.
Abraços.
Manuel João
É verdade ! Este estudo não para de evoluir.
E o meu muito obrigado pela companhia.
Abraço e beijino
Diogo
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