terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FRESCOS


Nuvens que se aproximam, lentamente, a imagem desce, as árvores, a margem verde, a floresta que permanece, por instantes, nas retinas. O som da água nas pedras. O som dos pássaros. Borrelhos. As gaivotas acordam as asas sobre a superfície espelhada, alaranjada, salpicada
                           ali
                                                                                      e
                                                 aqui
                                                 por duas ilhas selvagens.
Um enorme círculo cor-de-laranja que se eleva no ponto oposto, o Sol, torna-se visível, progressivamente, ao lado das montanhas da Arrábida, a pequena serra mediterrânica.
O grande bosque de choupos e sobreiros, dali, ainda antes do campo de trigo que se forma após os lagos rectangulares, originando os caminhos, relvados, adornados de flores silvestres.
Os malmequeres, abanados por uma brisa talvez oportuna, malmequeres brancos e amarelos, um saco de couro, entre duas salgadeiras.

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