sábado, 5 de janeiro de 2013









Q U E R E R


                      Pode um homem querer sem nada fazer para conseguir?
                      Pode! Mas não resulta.
                      O que resulta é querer e ir ao encontro, fazer.
                      Navegar ventos adversos bolinando e progredir.
                    
                       Conjugar verbos
                       ancestrais,
                       imemoriais,
                       que nascem
                       no coração 
                       e crescem,
                       e vão.



                                            Fotos: Edgar Cantante; Texto: Manuel João Croca


4 comentários:

Unknown disse...

Tanto barulho… para poder escutar o coração.
Tanto esforço… para poder conjugar verbos e os deixar crescer.
Por vezes, apetece-me não querer. E, somente pelo bolinar, progredir nos meus adversos ventos.
Ao fim e ao cabo, talvez tudo esteja apenas em mim. Na minha quietude. Na minha verdade. No meu eu… depurado.

MJC disse...

Como diria o Gedeão,

Vê moinhos ... são moinhos,
vê gigantes ... são gigantes

luis santos disse...


(...)
O barco
noite no teu tão bonito
sorriso solto perdido
horizonte e madrugada
o riso
o arco da madrugada
o porto
Nada.

Navegar é preciso, viver não é preciso.
(...)

Nota:Os versos de Os Argonautas, de Caetano Veloso, são uma homenagem a Fernando Pessoa e seu poema “Navegar É Preciso”, de 1914.(...)

Moral da história: Querer e não querer, fazer e não fazer, eis a solução.

MJC disse...

Creio que acabas por nos dar a síntese fundamental Amigo Luís.

Navegar é preciso, viver não é preciso.

E as outras coisas todas.

Os argonautas mais a Ilha dos Amores, o Pessoa mais o V Império, o Espírito Santo, ...

Abraço.